Sepse é uma síndrome de disfunção orgânica causada por uma desregulada resposta a infecção. Sepse e choque séptico são problemas de saúde que impactam milhões de pessoas do planeta, sendo importantes causas de óbito. A incidência de sepse no Brasil é de aproximadamente 40 a cada 1000 pacientes em UTIs brasileiras, com mortalidade maior que 50%, sendo uma das mais importantes causa de morte tardia no país. Identificação precoce e manejo apropriado melhoram os desfechos. Como é uma das principais causas de mortalidade e morbidade no mundo, está associada a um alto uso de recursos e despesas com saúde. Mesmo com os avanços tecnológicos, a mortalidade ainda é alta, gerando um elevado custo para os cofres públicos. O cuidado do paciente grave, com sepse ou choque séptico, requer um conhecimento médico o mais aprofundado e atualizado possível. Aprofundado desde medicina básica até o uso de avançada tecnologia, assegurando a competência técnica do profissional. E atualizado com base nas mais recentes evidências científicas, cujas publicações devem ser analisadas de forma crítica e avaliadas inclusive com conhecimentos gerais de estatística e de pesquisa. A competência para o cuidado inicial de pacientes graves deve ser de domínio de todos os médicos, especialistas ou generalistas. A pandemia da COVID-19 é um exemplo claro e recente de como o conhecimento em fundamentos de Medicina Intensiva e de Emergência são importantes e podem ser requeridos a qualquer médico, especialista ou generalista, em diversas situações críticas, como epidemias, acidentes com múltiplas vítimas, calamidades em saúde pública. Assim, os profissionais em Medicina precisam ter domínio do manejo das principais patologias para assistir adequadamente pacientes graves em um departamento de emergência.