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O GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO, INFÂNCIA E FILOSOFIA COMO LOCUS DE HUMANIZAÇÃO E FORMAÇÃO DE SUJEITOS

Waldir Ferreira de Abreu
Alder de Sousa Dias
Damião Bezerra Oliveira
Erbio dos Santos Silva

ISBN: 978-65-5889-096-6
DOI: 10.46898/rfb.9786558890966

Sinopse

Essa coletânea surge como expressão científico-textual das gepeifianas e gepeifianos que têm ajudado, no tempo presente, a construir a história do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Infância e Filosofia (GEPEIF). A elas e eles, o nosso agradecimento, pois de outro modo, nada disso seria possível como Grupo, que é, repleto de sujeitos, por isso, de subjetividades, que são respeitadas e dignificadas.
A utilização de termos impessoais, apenas para manter uma estilística aos moldes científicos já não se sustenta, pois no GEPEIF, construímos relações interpessoais muito para além do pragmatismo cientificista que coisifica as relações humanas nas instituições de ensino superior.
Nesse sentido, permitindo-nos “enxarcar” de afetividade para então apresentar a NOSSA coletânea de textos. Por ser organicamente NOSSA – isto é, todos os textos aqui presentes são de autoria de gepeifianas e gepeifianos – demos o nome de “O Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Infância e Filosofia como locus de humanização e formação de sujeitos”.
A coletânea é formada por quatro eixos temáticos, que guardam confluência com as linhas de pesquisa do GEPEIF, explicitadas anteriormente. Os eixos temáticos são: “O GEPEIF: contribuições à humanização, formação de sujeitos e produção do conhecimento”; “Educação, infância e práticas pedagógicas”; “Educação Inclusiva”; e “Formação de professoras(es) e políticas educacionais”.
O primeiro eixo temático é constituído por quatro capítulos. O primeiro deles, Waldir Ferreira de Abreu e Alder Sousa Dias apresentam uma caracterização geral do GEPEIF como locus de formação humana, comprometido ético-politicamente com a sociedade, respeitando seu lugar de fala, isto é: a Amazônia. Os demais capítulos, de Waldir Ferreira de Abreu, Erbio dos Santos Silva, Damião Bezerra Oliveira e Alder Sousa Dias, são desdobramentos de pesquisas institucioniais desenvolvidas no âmbito do Grupo e que contaram com financiamento da UFPA.
No eixo temático “Educação, infância e práticas pedagógicas”, temos seis capítulos. No primeiro deles: “A educação infantil na Amazônia fronteiriça do Brasil-Peru-Colômbia: uma análise das práticas pedagógicas”, Maria Auxiliadora dos Santos Coelho traz, desde uma abordagem decolonial, apontamentos de prática pedagógicas desenvolvidas em uma escola de território fronteiriço entre os países Brasil, Peru e Colômbia.
O segundo capítulo do eixo temático é: “Entre o rio e a mata: a brincadeira como representação das infâncias ribeirinhas”. Nele, Maria Francisca Ribeiro Correa nos apresenta suas primeiras incursões sobre sua pesquisa de doutorado em Educação. Nesse sentido, detalha seu campo de estudo e explicita algumas observações no contexto das comunidades ribeirinhas de Quianduba e Paruru – ordenadas em assentamentos do Programa de Reforma Agrária na região das Ilhas de Abaetetuba, no Estado do Pará.
Em “Práticas pedagógicas durante a pandemia do novo coronavírus: um relato de experiência na educação infantil”, as autoras Armanda Malcher Martins da Trindade, Maria Helena de Lima Aood e Juliane Gomes de Alencar nos apresentam práticas pedagógicas desenvolvidas no contexto da pandemia da Covid-19, por professores que atuam na educação básica, fazendo uma distinção entre o contexto público e o privado.
“Entre rios e florestas: o desafio de professores ribeirinhos na prática da alfabetização e letramento em Abaetetuba/PA”, escrito por Daniele da Silva Costa e Lília Christiane Vanzeler Viana, explicita estratégias de professores quanto à alfabetização e letramento de alunos dentro de um contexto ribeirinho no Município de Abaetetuba-PA.
Nilce Pantoja do Carmo, em “Da ilha à cidade: a escolarização urbana de alunos ribeirinhos”, apresenta algumas reflexões e indicativos, baseados em sua dissertação de mestrado defendida em 2019, no âmbito PPGED/ICED/UFPA. Nesse sentido, esse capítulo, visa desvelar conhecimentos acerca das vivências estudantis dos sujeitos-ribeirinhos, pondo em foco suas motivações, aspirações e obstacularizações enquanto discentes, vislumbrando o êxito escolar como garantia do acesso e permanência à educação escolar.
Rita do Socorro Osório Epifane, em “As diversas linguagens no cotidiano das crianças” nos sensibiliza para compreender que a criança possui distintas formas de interação que precisam ser compreendidas, para o bem de seu desenvolvimento.
No segundo eixo temático, qual seja, a “Educação Inclusiva” há quatro capítulos. Em: “O papel socializador e inclusivo dado ao brinquedo na educação infantil”, Debora Nicoli Rodrigues Dias, Kelly Danielly Pereira Bispo Felipe e Vanessa Costa do Espírito Santo abordam a ludicidade como relevante meio para práticas de educação inclusiva, explicitam o papel do brincar e do brinquedo para o desenvolvimento perceptivo do ser humano, mas guardando foco para a fase da infância. Por fim, explicitam um conjunto de brincadeiras que podem ser usadas pela pessoa educadora.
No segundo capítulo: “Pessoas surdas, quem são? Visibilidade para além dos conceitos”, Elziene Souza Nunes Nascimento, tece reflexões sobre as concepções de quem são as pessoas surdas, tanto do ponto de partida conceitual biológico, como também a partir de suas narrativas.
No terceiro capítulo: “Políticas públicas educacionais para crianças com transtorno do espectro autista”, Elielma do Socorro Lobo dos Santos objetiva identificar as principais políticas públicas na área da educação que auxiliam no processo de ensino-aprendizagem, desenvolvimento e formação da criança com com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O quarto capítulo: “Aprendizagem escolar na Educação Especial: um estudo em dissertações e teses publicadas no período de 2014 a 2019”, de Ilma Fialho de Oliveira, analisa dissertações e teses da área da Educação Especial, e de forma mais específica as que tratam sobre a aprendizagem escolar do aluno público-alvo da Educação Especial no ensino fundamental, publicadas no Portal de Banco de Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), no período de 2014 a 2019.
No último eixo temático: “Formação de professoras(es) e políticas educacionais”, encontram-se quatro capítulos. Em “Formação de professores/as para uma educação étnico-racial na Amazônia”, Márcia Cristina de Castro Cardoso dos Reis. Portanto, busca desmistificar aspectos da questão da formação de professores/as frente à promulgação de leis estabelecidas em favor da luta antirracista, que trazem à tona a necessidade de tratar da temática dentro da perspectiva do direito e da igualdade, levando em consideração as particularidades e importância de negros e índios na formação da população brasileira, mais especificamente, no contexto da Amazônia.
O segundo capítulo: “Políticas de formação de professores no Brasil: um olhar a partir do materialismo histórico-dialético”, de autoria de Marinalva Veras Medeiros e Waldir Ferreira de Abreu, tendo por base teórica o materialismo histórico-dialético, analisa influências de Organismos Internacionais nas políticas de formação de professores no Brasil.
No terceiro capítulo: “Formação de professores na escola normal do Pará e a decolonialidade do saber”, as autoras Ingrid Rayane Dias Rodrigues, Jhully Cristy Silva Moraes e Deise Ferreira dos Santos nos apresentam um texto que se baseia em elementos do relatório de pesquisa de Iniciação Científica, realizada no âmbito do GEPEIF. No texto, elucidam aspectos do processo histórico de colonialidade pedagógica presente na implementação das escolas normais no Brasil, dando ênfase à Escola Normal do Pará.
Daniel Rodrigues Corrêa é autor do quarto capítulo: “Políticas educacionais de formação continuada de professores/as campesinos/as na Amazônia bragantina”, que objetiva contribuir com a compreensão acerca da implementação de políticas educacionais de formação continuada de professores campesinos nos municípios que integram a Amazônia Bragantina-PA.
No último capítulo, Erbio dos Santos Silva, em “Formação de professores: opções acadêmicas de pesquisa no Curso de Pedagogia do Parfor/UEPA-Vigia”, realiza uma análise sobre a produção de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s), de professores-alunos do Curso de Pedagogia da Universidade do Estado do Pará, realizado por meio do Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) em Vigia-PA, levando em conta contradições da implementação dessa política pública.
Por fim, esperamos que a NOSSA coletânea: “O Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação, Infância e Filosofia como locus de humanização e formação de sujeitos” possa também se tornar SUA, caríssima leitora e caríssimo leitor e que estes escritos possam contribuir com seu percurso formativo e no processo de “esperançar” por um mundo melhor.

Os organizadores.

Data de publicação:

24 de abril de 2021 09:19:16

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